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quinta-feira, 27 de março de 2008


AINDA A INVASÃO DO KUWAIT
O Blogue “Impressões” , publica a tradução de um artigo de Stephen M. Walt e John J.Mearscheimer, publicado no site “Foreign Policy Archive”*** que confirma a “impressão” do Iraque ter invadido o Kuwait, com o beneplácito do governo americano.

«A decisão de Saddam de invadir o Kuwait foi em primeiro lugar uma tentativa de resolver a situação de contínua fragilidade do Iraque. A economia do Iraque, profundamente danificada pela sua Guerra contra o Irão, continuou a declinar após o fim da guerra. Uma das causas importantes para as dificuldades do Iraque foi a recusa de emprestar 10 biliões de dólares além da recusa de perdoar dívidas em que o Iraque incorreu durante a guerra Irão-Iraque. Saddam acreditava que o Iraque tinha direito a ajuda adicional porque o seu país tinha ajudado a proteger o Kuwait e os outros estados do Golfo do expansionismo iraniano. Para piorar a situação, o Kuwait excedia as quotas de produção fixadas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, o que fez descer os preços do petróleo e reduzir os lucros do petróleo iraquiano. Saddam tentou usar a diplomacia para solucionar o problema mas o Kuwait pouco ou nada cedeu. Como Karsh e o biógrafo de Hussein Inari Rautsi observaram, os kuwaitianos “suspeitaram que algumas concessões seriam necessárias mas estavam determinados a reduzi-las ao estritamente necessário”. Saddam decidiu-se alegadamente pela guerra algures em Julho de 1990, mas antes de enviar o seu exército para o Kuwait, sondou os Estados Unidos para saber como reagiriam. Numa entrevista agora famosa com o líder iraquiano, o embaixador dos Estados Unidos April Glaspie disse a Saddam, “Não temos opinião formada sobre os conflitos envolvendo países árabes, nomeadamente a vossa disputa de fronteiras com o Kuwait.” O Departamento de Estado americano tinha dito anteriormente a Saddam que “não temos compromissos especiais de defesa ou de segurança com o Kuwait.” Os Estados Unidos podem não ter tencionado dar ao Iraque uma luz verde, mas foi o que efectivamente fizeram.»

*** hhttp://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=169

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